A Aranha Vittar
Uma aranha fóssil batizada em referência a Pabllo Vittar
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A Aranha Vittar
A aranha da espécie Cretapalpus vittari viveu na Chapada do Araripe, na região do Cariri Cearense, há 122 milhões de anos. A peça é considerada pelos pesquisadores como um dos exemplares mais antigos já registrados nas Américas, e leva o nome em referência à cantora e Drag Queen Pabllo Vittar. O fóssil pertence a uma subfamília que até então era desconhecida na América do Sul, descrita a partir de registros na África, sudeste da Ásia e no Oriente Médio, o que significa que essas aranhas se dispersaram pelo grande continente Gondwana.
A descoberta tem um grande potencial para a história evolutiva dos invertebrados, para a ciência internacional e brasileira, porque as aranhas são raras no registro fóssil. Apesar disso, o fóssil estava incorporado na coleção do Museu de História Natural da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. Segundo os americanos, o fóssil foi doado pelo órgão responsável. Na época da escavação, em 1990, não havia especialistas em aranhas fósseis no Brasil e por isso o material foi levado para uma coleção científica no exterior.
A suposta “doação” teria sido feita pelo Centro de Pesquisas Paleontológicas da Chapada do Araripe e Departamento Nacional de Produção Mineral para fins de pesquisa e ensino. Contudo, não há qualquer documento que ateste ou valide a doação. Foi somente em junho de 2021, após a publicação de um estudo descrevendo a aranha na renomada revista Journal of Arachnology que o fato ficou conhecido pelos paleontólogos brasileiros. Após a repercussão negativa, os americanos facilitaram a devolução do fóssil. Junto com o retorno da espécie, outros fósseis de 35 aranhas, que também estavam na Universidade do Kansas, voltaram ao Cariri. Elas passam a integrar o acervo do Museu Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri.