A Araucaria mirabilis

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A Araucaria mirabilis

Araucaria mirabilis é uma espécie extinta de árvore conífera originária da Patagônia, Argentina. Ela pertence ao gênero Araucaria. O nome do gênero Araucaria é derivado do espanhol Araucanos, referindo-se ao povo Mapuche do Chile e Argentina. O nome mirabilis vem do latim "maravilhoso" ou "surpreendente". As únicas espécies existentes do gênero Araucaria na América do Sul hoje são Araucaria angustifolia e Araucaria araucana.

As araucárias eram extremamente abundantes, oferecendo uma fonte constante de alimento. Embora pobres em proteínas, suas folhas eram ricas em carboidratos e fibras, fornecendo uma boa fonte de energia. Acredita-se que os longos pescoços dos saurópodes possam ter evoluído como uma adaptação relacionada à alimentação na folhagem alta de Araucaria mirabilis e de outras araucárias. O tamanho e dieta especializada ajudavam a manter um metabolismo baixo, permitindo que sobrevivessem nessas condições.

Os abundantes fósseis de troncos mostram que Araucaria mirabilis era uma árvore dominante nas florestas do Jurássico da Patagônia, atingindo 100 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro. Também são encontrados fósseis de cones, conhecidos popularmente como pinhas, onde se forma o pinhão. Eles têm uma estrutura complexa de 3 camadas de tecido, contendo embriões desenvolvidos, sugerindo a capacidade de dormência.

A Araucaria mirabilis é cientificamente importante pois oferece dados cruciais sobre a evolução das coníferas, além de demonstrar que as araucárias já foram amplamente distribuídas e que a atual estepe patagônica já foi coberta por grandes florestas. Atualmente, além da importância biológica, as araucárias também possuem significativo valor cultural no Sul do Brasil, especialmente no estado do Paraná. As araucárias não apenas representam um elemento natural distintivo, mas também são símbolos de identidade e patrimônio cultural para os povos da região.

Fósseis de Araucaria mirabilis são encontrados em grande abundância na Floresta Petrificada Cerro Cuadrado, na Patagônia, Argentina. Elas eram a espécie dominante de uma floresta que foi soterrada por cinzas vulcânicas há cerca de 160 milhões de anos, durante o Jurássico.