A árvore do âmbar dominicano
Clique na imagem para aumentar ou salvar.
Versão em texto abaixo.
Curta, comente, compartilhe:
Versão em texto:
A árvore do âmbar dominicano
Hymenaea protera é uma árvore leguminosa extinta, possivelmente o ancestral das espécies modernas de Hymenaea. A maioria dos âmbares neotropicais vem de sua resina fossilizada, incluindo o famoso âmbar dominicano. O âmbar é um tipo de fóssil proveniente da fossilização de resina vegetal. Dentro do âmbar dominicano, podem ser encontradas ainda outras partes da própria planta, como folhas e flores, além de insetos e outros organismos.
As características da Hymenaea protera e de sua resina revelam conexões ancestrais com uma espécie africana do gênero, revelando uma janela para o passado destas plantas. As abundantes inclusões de outros organismos dentro do âmbar dominicano também trazem valiosas informações sobre seu ecossistema, revelando interações planta-inseto do passado, como polinização, predação e mutualismo. Isso ajuda a entender as relações ecológicas e evolutivas entre plantas e insetos.
Como exemplos atuais do gênero Hymenaea, temos o jatobá, espécie bem conhecida no cerrado brasileiro. Durante milhões de anos, a resina das árvores foi fluindo e fossilizando, principalmente na região nordeste da ilha Hispaniola. Esses depósitos são alvo de exploração para a obtenção de âmbar, que posteriormente é empregado na fabricação de joias, artesanato e objetos de arte valorizados internacionalmente.
Um grande problema envolvendo o âmbar dominicano é a falta de medidas de segurança nas escavações, em que os mineiros precisam descer até 60 metros de profundidade em túneis apertados e escavar cuidadosamente para não danificar o âmbar. Esse trabalho é ainda mais arriscado durante a estação chuvosa, quando o risco de inundações e colapsos aumenta, limitando a extração a curtos períodos durante a estação seca.
Hymenaea protera viveu durante o Mioceno, aproximadamente entre 15 e 20 milhões de anos atrás, e seu âmbar hoje pode ser encontrado na Formação La Toca, na República Dominicana. Durante aquele tempo, as condições ambientais eram diferentes das de hoje, com muitas áreas do mundo cobertas por florestas tropicais e uma diversidade única de vida vegetal e animal.