A Coruja Gigante Cubana

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A Coruja Gigante Cubana

Ornimegalonyx oteroi foi uma espécie de coruja nativa da ilha de Cuba. Devido ao seu imenso tamanho em comparação com outras corujas, foi apelidada de Coruja Gigante Cubana. A ave pode ter chegado a 1,10 metro de altura, o que a torna uma das maiores corujas conhecidas. Grande demais para voar, com asas muito reduzidas, ela pode ter usado suas pernas muito alongadas para descer ou saltar de pára-quedas sobre sua presa.

Foi descrita pelo paleontólogo cubano Oscar Arredondo, e estima-se que seu peso ultrapassava facilmente os 9 quilos, o dobro das maiores corujas atuais. Tinha pernas muito longas e asas curtas para o tamanho de seu corpo, que era muito robusto, e possuía a cauda curta. A coruja moderna que mais se assemelha à coruja gigante cubana em proporções é provavelmente a coruja-buraqueira, a única coruja sobrevivente intimamente ligada ao solo. Isto implica adaptações semelhantes ao estilo de vida terrestre, mas não uma relação filogenética próxima.

Os primeiros fósseis da coruja gigante foram descobertos em 1954 na caverna de Pío Domingo, Pinar del Río, Cuba. Vários outros espécimes foram encontrados em várias localidades de Cuba, incluindo três esqueletos quase completos. Acredita-se que a coruja gigante cubana tenha se alimentado principalmente de grandes roedores como as hutias e de preguiças terrestres juvenis. Provavelmente era um predador de emboscada que atacava sua presa com suas enormes garras raptoriais.

O grande tamanho desta coruja, assim como sua perda ou ao menos diminuição da capacidade de voo, pode ter sido possível devido à abundância de presas, principalmente mamíferos herbívoros, na fauna cubana de sua época, bem como na escassez de mamíferos carnívoros competidores na ilha.

É conhecida apenas na ilha de Cuba, onde viveu no Pleistoceno Superior, há 126.000 a 11.700 anos, quando conviveu com outras aves predadoras notavelmente grandes, como um gavião e um condor, além de outras corujas menores.