Mudanças climáticas
Por que a atual mudança climática não é normal
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Mudanças Climáticas
Se na história da Terra, o clima sempre passou por mudanças, por que tanta preocupação agora?
Na história da Terra, muitos processos naturais levam a mudanças climáticas, como:
Mudanças na posição de continentes e oceanos afetam a formação de geleiras e a circulação de correntes marinhas.
Ciclos astronômicos afetam a quantidade de energia solar recebida pela Terra.
Vulcões e até mesmo atividades biológicas podem alterar a composição atmosférica. Quanto mais carbono, mais quente.
Tipicamente, mudanças climáticas globais ocorrem muito lentamente, em milhares ou milhões de anos. Mas as mudanças climáticas atuais são extraordinariamente rápidas! O que levaria milhares de anos, ocorreu em cerca de um século: a temperatura média global aumentou 1,5ºC. A concentração de CO2 na atmosfera deu um salto de 50% nas últimas décadas e é hoje a maior dos últimos 14 milhões de anos.
Uma das consequências de mudanças tão rápidas é que eventos climáticos extremos se tornam mais frequentes e mais intensos. Como exemplo: três das quatro maiores inundações da história do Rio Grande do Sul ocorreram em nove meses entre 2023 e 2024. As maiores da história:
1ª: abril-maio de 2024
2ª: abril-maio de 1941
3ª: setembro de 2023
4ª: novembro de 2023
A inundação de 1941 levou mais de 80 anos para ser superada, mas no novo contexto climático não é mais razoável supor que a de 2024 demore tanto tempo para ser superada por outra ainda maior.
Nós podemos aprender com o passado geológico da Terra. No passado da Terra, grandes mudanças climáticas globais levaram a extinções em massa. Há 252 milhões de anos, no Permiano, erupções vulcânicas que duraram milhares de anos liberaram toneladas de carbono na atmosfera, aqueceram o planeta e extinguiram 95% das formas de vida. A extinção dos dinossauros também é decorrente de mudanças climáticas globais causadas pela queda de um meteoro. Em épocas de clima muito quente, os trópicos se tornavam quase inabitáveis e os oceanos inundavam as regiões costeiras.
Então é inevitável e não há mais o que fazer?
Devemos evitar o fatalismo climático: a ideia de que as mudanças são inevitáveis e os desastres climáticos simplesmente vão acontecer. Ainda podemos diminuir as emissões de carbono na atmosfera, por meio da redução o uso de combustíveis fósseis e da conservação ambiental: enquanto a queima de combustíveis fósseis lança carbono na atmosfera, os ecossistemas naturais retiram carbono da atmosfera. E incluir o novo contexto climático nas políticas públicas, preparando-se para a nova realidade. Conservação ambiental é bom para a biodiversidade, as pessoas e a economia. E não custa lembrar: vote consciente!