O gliptodonte
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O gliptodonte
Os gliptodontes foram um fascinante grupo de grandes mamíferos herbívoros encouraçados que habitaram a América do Sul por mais de 30 milhões de anos. Parecido com um tatu, possuía uma carapaça elevada, repleta de osteodermos ornamentados, caudas fortes e garras para cavar tocas, usadas como abrigo, proteção contra o frio ou contra predadores.
O nome Glyptodontidae vem do Grego "dente esculpido", devido ao formato típico dos dentes destes animais. Mas, ao contrário do tatu que conhecemos hoje, o gliptodonte não conseguia encolher a cabeça dentro da carapaça. Porém, possuía uma armadura cefálica, dorsal e caudal de proteção.
Pertence à ordem dos Cingulados, que inclui todos os tatus americanos. Na atualidade a linhagem é representada pelos tatus das famílias Dasypodidae e Chlamyphoridae: no passado, contudo, sua diversidade era muito maior. Este animal gigante chegava a pesar cerca de 1 tonelada e media de 2 a 3,5 metros de comprimento e 1,3 metro de altura, aproximadamente do tamanho de um fusca azul.
Seus fósseis são muito comuns e por vezes são encontrados por populares. Por exemplo, a descoberta do pequeno Erik Díaz, de 7 anos, que ocorreu em abril de 2023 após uma tempestade que expôs a carapaça de um gliptodonte às margens do rio Carcarañá, na província de Tucumán, Argentina. Extinto no final do Pleistoceno, apenas 12.000 anos atrás, junto com a maioria dos grandes mamíferos da América. Evidências da caça de gliptodontes por paleoíndios sugerem que os humanos podem ter sido um fator causal nas extinções, assim como as mudanças climáticas devido às glaciações.
Houve vários gêneros e espécies de gliptodontes, que eram muito comuns na América do Sul e se dispersaram para o Norte após a conexão dos continentes há 3 milhões de anos. O grupo se diversificou durante o Cenozoico (era atual em que vivemos), com os tatus gigantes vivendo especialmente no Pleistoceno (aproximadamente de 2,8 milhões de anos até 12.000 anos atrás).