O Paleopinguim da Patagônia
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O Paleopinguim da Patagônia
Palaeospheniscus patagonicus, cujo nome significa “pinguim antigo da Patagônia” é uma espécie extinta de pinguins. Em vida, tinha cerca de 65 a 75 cm de altura e 4 a 5 kg, aproximadamente do tamanho de um pinguim-de-magalhães atual. Essa espécie é conhecida por várias dezenas de ossos, encontrados em estratos do Mioceno Inferior. Os espécimes foram encontrados perto de Trelew e Gaiman, na Província de Chubut, Argentina.
Os depósitos onde foram encontrados contêm uma abundância de vertebrados marinhos, como tubarões, golfinhos e raias, além de moluscos e ostras, sugerindo que a área era um ambiente diversificado e produtivo. Como os pinguins modernos, provavelmente se alimentava de peixes, lulas e outros pequenos animais marinhos, utilizando suas habilidades de natação para capturar presas. É possível que tenha nidificado em colônias nas costas rochosas ou em praias.
Apesar da abundância de restos de pinguins conhecidos na Argentina e do fato de estarem entre as aves com melhor registro fóssil, essa espécie é um caso excepcional, tendo seu registro um pouco mais limitado. A análise filogenética do Palaeospheniscus patagonicus examinou características ósseas de 14 espécies atuais de pinguins e cinco espécies fósseis. A análise mostra que ele é relacionado a outras espécies de pinguins, tanto antigas quanto modernas, o que indica que há uma relação de continuidade na evolução dos pinguins.
Além de ajudar a entender a evolução dos pinguins, da família Spheniscidae, Palaeospheniscus patagonicus faz parte de um típico conjunto de aves marinhas que se estabeleceu no início do Mioceno na América do Sul e ainda guarda relações com as espécies atuais. Essas aves extintas são sempre encontradas em locais com evidências de correntes marinhas frias, mostrando como é antiga esta preferência ecológica em pinguins.
Ele é uma espécie extinta de pinguim que viveu durante o Mioceno Inferior, cerca de 23 a 16 milhões de anos atrás. Apesar de seu registro argentino, outras espécies diferentes do mesmo gênero também foram encontradas nas regiões que hoje em dia se encontram o Peru e o Chile.