O ratzilla

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O ratzilla

Imagine essa situação: você está caminhando tranquilamente, quando se depara com um roedor do tamanho de uma vaca! Mas calma, essa cena só seria possível há cerca de 3 milhões de anos, entre o Plioceno e o Pleistoceno, quando os “ratzillas” habitavam a América do Sul, mais especificamente o Uruguai.

O crânio do fóssil de Josephoartigasia monesi, o ratzilla, mede 53 centímetros de comprimento, sendo o maior roedor conhecido do mundo. Seu nome é uma referência a José Artigas, considerado herói nacional no Uruguai, pelo seu papel durante a independência do país.

Ao contrário da maioria dos roedores atuais que pesam alguns gramas, estudos feitos com o crânio de Josephoartigasia monesi revelam que este roedor poderia chegar a incríveis 500 kg, sendo que atingia 1,20 m de altura e cerca de 2,50 m de comprimento da ponta do focinho até a cauda. Bem diferente do maior roedor atualmente vivo: a capivara, que pode chegar a "apenas" 66 kg e 1,3 m de comprimento!

Além de suas grandes proporções corporais, estudos mostram que a mordida do ratzilla era tão forte quanto a de um tigre dente-de-sabre, uma vez que possuía grandes dentes incisivos na frente, além de forte musculatura no pescoço. Esta potente mordida provavelmente era utilizada não só para a alimentação mas também para cavar e para defender-se contra predadores. O ratzilla era vegetariano, sendo sua dieta composta basicamente por frutas, raízes, plantas terrestres e plantas aquáticas.

Pertencentes à família Dinomyidae, os parentes vivos mais próximos do ratzilla são as pacaranas, que são bem menores, podendo atingir até 79 cm de comprimento (sem incluir a cauda, de até 20 cm) e cerca de 15 kg. O fóssil do ratzilla foi encontrado na Praia do Kiyú, no Uruguai, onde viveu há cerca de 2 a 4 milhões de anos. Ele habitava bosques próximos a ambientes alagados, como seus parentes atuais, as pacaranas.