O Mastodonte

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O Mastodonte

Imagine voltar 12 mil anos no passado e se deparar com um ambiente semelhante às savanas africanas na América do Sul. As planícies, cerrados e chacos formavam um hábitat com inúmeros mamíferos gigantes. Notiomastodon platensis foi uma espécie de mastodonte que viveu em grupos nas terras baixas de quase toda a América do Sul.

Foi um dos últimos gonfoterídeos, parentes dos elefantes modernos e dos mamutes. O nome do gênero, Notiomastodon, significa mastodonte do sul. Media cerca de 2,5 metros de altura, com um peso estimado de 4,6 toneladas, semelhante ao elefante asiático moderno. A presença de microfósseis de plantas e os padrões de desgaste em seus dentes indicam que sua dieta provavelmente variava dependendo das condições locais. Evidências sugerem que ele consumia caules lenhosos, folhas e gramíneas.

Ele possuía pernas mais curtas e robustas, mais semelhantes em tamanho do que em outros elefantes, o que sugere que se locomovia com passadas mais curtas. Seu crânio era curto e alto, comparado ao de seus parentes atuais. Devido ao encurtamento do crânio e do focinho, os olhos ficavam posicionados mais a frente do que em outras espécies do grupo. Suas grandes presas eram robustas e podiam chegar a medir mais de 90 cm.

Os fósseis do mastodonte são abundantes, sendo conhecidos crânios, dentes e as longas presas, bem como várias outras partes do esqueleto, além de pegadas e até mesmo DNA mitocondrialPinturas rupestres feitas por paleoíndios que provavelmente ilustram o mastodonte também são conhecidas.

Viveu no Pleistoceno, entre 800 mil a 11 mil anos atrás, em quase todos os países da América do Sul. Além das mudanças climáticas, a provável caça após a chegada dos humanos no continente americano pode ter contribuído para sua extinção, junto com outros grandes mamíferos daquela época.